A fertilização in vitro, também denominada como “Bebê de proveta”, é uma tecnologia de eficácia comprovada em reprodução assistida. Casais que não conseguem engravidar com outros tratamentos como coito programado ou inseminação artificial, acabam optando pela FIV (Fertilização In Vitro) para conseguir realizar o sonho de constituir uma família.
A FIV consiste na coleta do óvulo da paciente que é fertilizado em laboratório com os espermatozoides do futuro pai. O óvulo começa a se dividir e torna-se um embrião que é implantado no útero da mãe. Normalmente, são inseridos vários embriões para aumentar as chances de sucesso do tratamento. De acordo com o ginecologista Dr. Joji Ueno (CRM-48.486), doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da USP e responsável pelo Setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor da Clínica Gera.
A FIV é indicada para casos de lesão das tubas, como sequela de infecção tubária (doença inflamatória pélvica), ou gravidez nas trompas, endometriose, infertilidade masculina e laqueadura sem reversão. “A fertilização in vitro envolve o uso de hormônios para ovulação ou fertilidade. Esses hormônios devem ser tomados por 14 dias com o objetivo de estimular o ovário da mulher a produzir vários óvulos por ciclo menstrual.
Para a FIV ser bem sucedida, geralmente requer a fertilização de múltiplos óvulos. Alguns podem não fertilizar ou não apresentar desenvolvimento normal após a fertilização”, explica o ginecologista.
O processo da Fertilização in Vitro envolve consultas, ultrassonografias, exames de sangue para acompanhamento dos níveis hormonais, medicação para estimular a ovulação e também para ocorrer à gravidez. Entre os riscos da fertilização in vitro está a síndrome da hiperestimulação do ovário que é uma das complicações mais temidas, nos tratamentos de reprodução assistida. “Durante o estágio de estimulação ovariana da FIV, as mulheres podem produzir excesso de hormônio, causando a síndrome da hiperestimulação do ovário (SHO), que causa inchaço e dor. A ocorrência desta síndrome varia de acordo com o tratamento realizado, variando de 2,5% em induções simples de ovulação até 23% em casos de fertilização in vitro. Normalmente, essa síndrome se cura sozinha na ausência de uma gravidez ou, em casos raros, pode agravar-se, obrigando a internação da paciente para o tratamento clínico”, ressalta o ginecologista Dr. Joji Ueno.